Por arte sonora entendemos a reunião de gêneros artísticos que estão na fronteira entre música e outras artes, nos quais o som é material de referência dentro de um conceito expandido de composição, gerando um processo de hibridização entre som, imagem, espaço e tempo.
O processo que culminou no que chamamos de arte sonora pode ser diretamente relacionado ao trabalho de artistas e movimentos que representaram um papel percursor e que estiveram ligados à formação de modos de produção artística estabelecidos entre as décadas de 60 e 70 como a instalação, o happening e a própria música eletroacústica.
Mesmo o termo arte sonora tendo sido utilizado, inicialmente, na década de setenta, no contexto musical, movimentos e obras podem ser considerados referência para seu desenvolvimento. A música futurista tendo como principal autor Luigi Russolo é um exemplo disso. As incursões musicais estabelecidas por Russolo se baseavam em contemplar o ruído, atribuindo parâmetros musicais que se fundamentavam no ambiente sonoro da cidade e pelo convívio cotidiano das máquinas e seus ruídos mecânicos.
Pierre Henri Marie Schaffer (1910 – 1955), francês, criador da música concreta, dizia que o fenômeno musical tem uma tendência a abstração porque a execução propicia o surgimento de estruturas.Estas estruturas são sensoriais e não apenas musicais de forma concreta, com isso as técnicas de reprodução mudam em si mesmas, assim o som passa de uma reprodução textual e se transforma em produção de linguagem e sentidos.
A forma híbrida da arte sonora pode ser associada a múltiplas raízes que incluem as performances do grupo Fluxos e a conceitualização musical promovida por John Cage, os trabalhos pioneiros audiovisuais de Nam June Paik, as animações sonoras experimentais de Norman Mclaren, a "música visual" das animações de Oskar Fischinger, a proposta intermídia que levou à realização do Pavilhão Philips por Xenakis, Le Corbusier e Verèse, apenas pra citar alguns exemplos.
A diversidade das obras abrigadas sob esse termo colocam em questão uma caracterização precisa desse repertório e apesar da expressiva produção realizada especialmente na última década ainda é discutível se a arte sonora pode se estabelecer como um gênero ou categoria artística independente, ou se essas obras situam-se na relação da música com outras artes estabelecidas por diferentes movimentos experimentais que ocorreram no século XX.
Pierre Henri Marie Schaffer (1910 – 1955), francês, criador da música concreta, dizia que o fenômeno musical tem uma tendência a abstração porque a execução propicia o surgimento de estruturas.Estas estruturas são sensoriais e não apenas musicais de forma concreta, com isso as técnicas de reprodução mudam em si mesmas, assim o som passa de uma reprodução textual e se transforma em produção de linguagem e sentidos.
A forma híbrida da arte sonora pode ser associada a múltiplas raízes que incluem as performances do grupo Fluxos e a conceitualização musical promovida por John Cage, os trabalhos pioneiros audiovisuais de Nam June Paik, as animações sonoras experimentais de Norman Mclaren, a "música visual" das animações de Oskar Fischinger, a proposta intermídia que levou à realização do Pavilhão Philips por Xenakis, Le Corbusier e Verèse, apenas pra citar alguns exemplos.
A diversidade das obras abrigadas sob esse termo colocam em questão uma caracterização precisa desse repertório e apesar da expressiva produção realizada especialmente na última década ainda é discutível se a arte sonora pode se estabelecer como um gênero ou categoria artística independente, ou se essas obras situam-se na relação da música com outras artes estabelecidas por diferentes movimentos experimentais que ocorreram no século XX.
obrigado
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